terça-feira, 23 de outubro de 2007

NIVEA


Tudo começou com a descoberta revolucionária do Eucerite, o primeiro agente emoliente que possibilitou criar, pela primeira vez, uma emulsão estável desse tipo. Em 1911, o proprietário da farmácia de manipulação Beiersdorf, fundada por Carl Beiersdorf em 1890 e localizada na cidade de Hamburgo na Alemanha, Dr. Oskar Troplowitz, iniciou o desenvolvimento de um creme para pele baseado nessa emulsão, em intensa cooperação com o químico Isaac Lifschütz e o dermatologista Paul Gerson Unna. Isolado pelo Dr. Isaac Lifschütz, depois de décadas de intensa pesquisa, esse agente emoliente era baseado na cera retirada da lã de ovelha, e permitia que óleo e água fossem misturados e permanecessem juntos. Antes dessa descoberta, os cosméticos eram baseados em gorduras animais e vegetais e se decompunham rapidamente. Reconhecendo o grande potencial cosmético desse desenvolvimento, Lifschütz o chamou Eucerite, “a cera da beleza”. Batizado como NIVEA (do latim nivius, que significa neve branca), semelhante à cor e a consistência do produto, foi apresentado em uma caixa amarela, redonda e metálica, decorada com flores em estilo art nouveau. O slogan que acompanhava o produto era “To preserve its beauty, its health and the freshness of its youth”. A Primeira Guerra Mundial havia freado a distribuição de cosméticos, que, devido às circunstâncias, tornaram-se supérfluos. A inflação desenfreada na Alemanha como resultado da guerra fazia com que, no final de 1923, uma lata de NIVEA custasse mais de 100 bilhões de marcos. Em 1924, foi tomada a decisão de renovar completamente a imagem da marca. O design da lata foi a mudança mais radical. A delicada escrita cursiva e a extremidade extravagante em um fundo amarelo foram substituídas por uma lata azul com NIVEA CREME em letras maiúsculas brancas, além de conter a seguinte frase: “With the large air, at the city, Nivea for the care of the skin creams”. Mas é no ano seguinte que ganha o seu universo cromático tal e qual nós o conhecemos hoje.